Todos são. Não há um que seja como o nome da flor. Há percalços, discordâncias, retomadas.
Nenhum voa sempre em céus de brigadeiro. Há nuvens, ventos e neblina.
Nem sempre o mar é espelho d’água. Existem vagalhões, tempestades e monstros.
Lutamos contra os descompassos do tempo, as interferências e as impossibilidades.
A música se faz em compassos compostos, quebras de andamento e dissonâncias.
Vale é entender a condição e aceitar a instabilidade.
Mais do que amor de comercial de margarina, vale o que cresce nos conflitos, que se mantém nas intempéries e que no fim valeu a pena.
Curto, longo, eterno, impossível… seja o que for, menos perfeito.